Fiocruz: Brasil pode está a caminho da terceira onda do coronavírus

Alguns especialistas falam da chegada de uma terceira onda em junho ainda mais letal que as duas primeiras, visto que parte de um platô muito mais alto, com média móvel de cerca de 2.000 mortes diárias.

Outros antecipam que no Brasil não se pode falar em ondas porque nunca nos 16 meses de pandemia conseguiu-se sufocar o vírus até a queda mínima de mortes e casos, como aconteceu, por exemplo, em países europeus, algo que atribuem ao presidente Jair Bolsonaro e sua campanha contra as quarentenas por seus nocivos efeitos econômicos.

Em seu último boletim extraordinário, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) advertiu que a “flexibilização” das medidas levará a “uma intensificação da pandemia” nas próximas semanas.

Embora a média de mortes permaneça estável, o número de casos tende a subir em quase todo o país nas últimas semanas.

“Este processo de manutenção de taxas elevadas de mortalidade, junto com o aumento das taxas de incidência, pode ter como consequência um agravamento da crise sanitária”, adverte Fiocruz.

A instituição também advertiu que 12 dos 26 estados e o Distrito Federal apresentam um aumento de casos de Síndrome Respiratória Agua Grave (SRAG), que em sua grande maioria são produto do coronavírus.

“No Brasil, conseguiu-se normalizar uma hecatombe sanitária sem precedentes e as pessoas vivem na maioria dos casos como se não houvesse uma pandemia. Por isso, as previsões são de que esta terceira recrudescência seja muito intensa porque saímos de um degrau muito alto e de uma circulação viral muito intensa, que vai se intensificar ainda mais”, explicou à AFP José David Urbáez, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.

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